Resenhas

The Castle in the Air, de Diana Wyne Jones | Resenha

‘O Castelo do Ar’: mais uma vez, Jones faz uma história mágica

Desde que li O Castelo Animado, de Diana Wyne Jones, eu me tornei uma fã de carteirinha da autora. Já li outros títulos dela e nunca me decepcionei.

Dessa vez, trago a resenha do livro O Castelo no Ar — The Castle in the Air —, o segundo livro da mesma série d’O Castelo Animado — cuja versão brasileira está esgotada e o título original é Howl’s Moving Castle —, publicado pela Greenwillow Books — a versão brasileira foi publicada pela Editora Record. Infelizmente, não consegui encontrar uma versão física d’O Castelo no Ar também, mas já me disseram que existe o e-book. Como eu tinha lido o primeiro em inglês, achei mais coerente ler esse segundo em inglês também.

Admito que acho a língua portuguesa bem mais literariamente bela, mas ler um livro em sua língua original te dá a maravilhosa chance de ler as palavras reais do autor. E, acredite, isso faz diferença. Enfim, a história se passa no mesmíssimo universo onde se desenrola a trama de O Castelo Animado, mas, dessa vez, estamos no deserto. E o nosso queridíssimo protagonista é Abdullah, um jovem mercador de tapetes que, na verdade, está mais interessado em ficar sonhando acordado do que vendendo tapetes.

Certo dia, enquanto Abdullah sonhava acordado — vender tapetes… pffff! —, um estranho entra em sua tenda e tenta convencê-lo a comprar um tapete todo esfarrapado. Só tem um detalhe: o tapete é mágico — sabe o do Alladin? É o irmão gêmeo, mas com uma personalidade um pouco mais ácida. Depois dessa, naturalmente, Abdullah compra o tapete e ainda acha barato.

Eu não vou ficar falando muito, porque eu sou linguaruda e posso acabar falando coisas que não devo. Então, serei breve: o tapete apronta, Abdullah se apaixona por uma menina que não era para o bico dele — clássico! —, dá treta e ele acaba em algumas enrascadas muito boas.

E aí você pergunta: e onde entra o tal castelo do ar, Carol?

Leia o livro e descubra.

Já vou adiantando que, em determinado momento, quando você começar a achar que as coisas estão muito paradas, a autora fica doida e começa a fazer as coisas acontecerem. E, cara, a Jones tem um puro — quase que eu escrevi um palavrão aqui… — talento para conectar histórias.

E o que eu quero dizer com isso?

Provavelmente é o que você está pensando. Sim, nós nos reencontramos com alguns personagens que amamos no livro anterior!

Todos os personagens são impecavelmente bem montados, assim como a trama — e isso fica evidente na forma como a autora mescla os personagens dessa nova história com a do livro anterior. O jeito como ela consegue resgatar o leitor de um momento de calmaria na trama com uma sequência de ações de tirar o fôlego.

Ler um livro da Diana é sempre uma aventura.

Francamente, eu chego a invejar a maestria dessa mulher.

Quanto ao trabalho da editora… bom, parece livro de banca. A capa está muito bonita, mas não tem orelha — ou seja, para amassar basta um sopro —, as folhas são cinzentas e parecem folha de jornal. Mas não encontrei nem um único errinho ou defeito no livro inteiro — acho que isso nunca aconteceu em qualquer versão brasileira de livros que já li. Enfim, acho que priorizam o conteúdo à estética.

De qualquer forma, Diana W. Jones conseguiu, de novo, me encantar com a sua escrita fácil, sua trama maravilhosa e a magia corriqueira, mas fantástica, de mais uma de suas histórias. Eu continuo sendo sua fã e gostaria de ter tido uma chance de poder conversar com ela — seria uma aventura tão sensacional quanto ler um dos seus livros, aposto.

 

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