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Especial Dia das Crianças: Meg Cabot e sua A Garota Americana

Foi uma escolha bem difícil. Eu fui uma ávida leitora de gibis da Turma da Mônica, de Revistas Recreio, de livros da Disney. Era uma das poucas alunas da minha escola do fundamental que realmente usava a biblioteca da escola.

Resolvi deixar essas histórias fora do páreo e focar nos livros “propriamente ditos” (muito entre aspas porque, para mim, toda história, toda leitura é válida). Ainda assim, fiquei perdida entre Bisa Bia Bisa Bel, Alecrim, As Rosas Inglesas… Nossa, tantas histórias que me fizeram ser apaixonada pela literatura! Senti, no entanto, que a escolha certa morava na leitura que, de fato, me fez deixar de temer os chamados calhamaços.

O ano era 2006 e a minha escola tinha acabado de realizar uma singela, mas interessante, feira de livros com algumas livrarias de Niterói, onde moro. Uma delas era a Ver e Dicto, uma livraria bonita que só, do bairro de Icaraí. Lembro que pedi para minha mãe para vê-la em um passeio por lá. Foi dentro desse estabelecimento envidraçado que me deparei com uma das autoras mais queridas da minha vida: Meg Cabot e a sua A Garota Americana.

O livro publicado pela editora Record – que, na época, ainda não tinha lançado seu selo Galera Record, para onde os livros de Cabot foram transferidos alguns anos depois -, com sua capa de lápis-de-cor, chamou a minha atenção. Ele contava a história de uma adolescente ruiva que adorava desenhar, mas odiava as aulas de desenho, e que, de uma hora para outra, tornou-se a queridinha dos Estados Unidos porque salvou o presidente de uma tentativa de assassinato.

Os holofotes estavam agora voltados para Samantha Madison, grande fã da Gwen Stefani, e sua família. Seus dias envolviam jantares na Casa Branca e entrevistas em talk-shows. Uma surpresa bem-vinda, entretanto, estava em David, o menino fofo da sua aula de desenho. Será que ele tinha realmente gostado da sua bota?

O jeito da escrita de Cabot, cheia de ironia e leveza, me conquistou de primeira. De lá para cá, li quase tudo publicado por ela aqui. Conheci seus trabalhos para adultos – como a série Heather Wells e Garoto -, até seu pseudônimo, Patricia Cabot, que escreve histórias um pouco mais picantes e adora ambientá-las na Escócia. A autora é poderosa com seus chick-lits e marcou a minha viagem da infância para adolescência.

A Garota Americana e suas 352 páginas me mostraram que histórias incríveis podiam se estender e encantar por muitas páginas sem serem chatas. O medo dos calhamaços se perdeu graças a essa simpática e viciante narrativa que eu, talvez, tenha relido umas cinco vezes de lá para cá.

Para este Especial Dia das Crianças, A Garota Americana levou o troféu de livro mais marcante da minha infância. Muitos outros, contudo, fizeram morada na minha alma leitora. Da mesma forma que alguns outros marcaram o resto da equipe do Vai Lendo. Confira só.

Apaixonada por música, cinema, séries e literatura, história mundial e andar de bicicleta. Sonha em ter muitos carimbos em seu passaporte, mas por enquanto escreve sobre o que leu, viu e gostou no Anatomia Pop.

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