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Black Hammer – Origens Secretas, de Jeff Lemire, Dean Ormston e Dave Stewart | Resenha

‘Black Hammer – Origens Secretas’: seis heróis exilados e um passado misterioso

Como qualquer criatura amante do universo nerd, eu sou fã de super-heróis. Sabe os filmes da Marvel? Assisto a todos e gosto da maioria.

Então, quando fiquei sabendo do lançamento – pela editora Intrínseca – da HQ Black Hammer, vol. 1: Origens Secretas, escrito por Jeff Lemire, ilustrado por Dean Omrston e colorido por Dave Stewart, e soube que a sua proposta era justamente falar de super-heróis, eu já me coloquei na fila para conseguir a minha.

É bem diferente do que eu esperava, mas não posso dizer que me decepcionei. Eu queria uma história com super-heróis e foi isso o que eu consegui. Estou satisfeita.

Entretanto, este primeiro volume de Black Hammer traz para nós seis heróis que viveram tempos melhores. São eles: Abraham Slam, que já está em idade de se aposentar; Gail, cujo poder de se transformar na Menina de Ouro, que antes era uma bênção, acabou se tornando um tipo de maldição; Barbalien, um alien e, por isso, acho que não preciso falar muito mais; Coronel Weird, que passou por uns perrengues e ficou doido; Talky Walky, um robô que se recusa a aceitar a derrota e que, no tempo livre, cozinha muito bem; e, por último, a Madame Libélula, que é simplesmente estranha e mora numa cabana sinistra.

Por algum motivo, eles acabaram sendo enviados para uma espécie de exílio, bem longe de Spiral City — a cidade onde viviam e protegiam contra os ataques dos vilões. Nesse primeiro volume, não dá ainda para saber o motivo exato, embora suposições não faltem. Como todo bom super-herói, todos têm histórias trágicas e fantásticas. E é justamente em contá-las que se foca Black Hammer: Origens Secretas — o nome já é autoexplicativo, né?

Não sei se isso é ou não uma coisa boa, mas identifiquei muitas similaridades com outros heróis mais conhecidos — Capitão América, Shazam, aquele alien da Liga da Justiça, cujo nome eu me esqueci completamente etc. Não sei se foi a intenção do autor, que, pelo que vi no posfácio, trabalha para a DC Comics há um tempinho. Pessoalmente, não me incomodei. Achei a história bem legal e consegui me entreter bastante — esse é o objetivo, certo?

Quanto ao trabalho da editora, a Intrínseca, como sempre, não decepcionou. O material está ótimo, maravilhosamente bem feito. Dá gosto de segurar um livro desses. Na real, é um livro meio deprê, porque eles estão bem deprimidos por estarem isolados ali — exceto o Abraham, que está com namorada nova e feliz com a vida no campo, o que só atiça o desentendimento do grupo. Mas, como eu disse, é sempre legal ler sobre super-heróis. Além do mais, tudo indica que as coisas vão mudar e que vai ter muito agito nos próximos volumes. Eu fiquei bem empolgada e ansiosa para os próximos.

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