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A Pedra Pagã – Trilogia A Sina do Sete – Livro 3, de Nora Roberts | Resenha

‘A Pedra Pagã’: um final com o toque mágico de Nora Roberts

O destino é implacável. Certeiro. Será? É preciso saber interpretar os sinais e, mais do que isso, acreditar na força da amizade, da lealdade e principalmente do amor. Nora Roberts nos traz essa mensagem em A Pedra Pagã, conclusão eletrizante da trilogia A Sina do Sete publicada pela editora Arqueiro.

No terceiro e último volume da série – que teve início com Irmãos de Sangue e seguiu com A Maldição de Hollow -, Cal, Fox e Gage, bem como Quinn, Layla e Cybil, conseguiram unir os três pedaços de jaspe-sanguíneo e, agora, possuem uma poderosa arma para enfrentar o demônio que há anos assola a cidade de Hollow e a vida de todos e que está claramente mais forte e poderoso. Para a batalha final, caberá a Gage e Cybil, que compartilham o dom de ver o futuro, unir suas forças e trabalharem juntos para buscarem as respostas que faltam. O problema é que, além de serem completamente diferentes, ambos não sabem – e não querem – lidar com os seus próprios sentimentos.

Nora Roberts definitivamente sabe como manter o ritmo de uma série literária. Dentro do seu padrão narrativo, A Pedra Pagã se mostrou bastante ágil e emocionante, e muito disso se deve aos personagens que foram o foco desse terceiro volume: Gage e Cybil. Por mais carismáticos que os outros sejam (e olha que, nessa série, não tive problema com nenhum dos protagonistas, pelo contrário, gosto de todos – mérito da autora), Gage e Cybil se sobressaem. Talvez, pelo fato de ambos terem as maiores bagagens, digamos assim, traumas que deixaram marcas profundas em seus corações e criaram personalidades extremamente fortes e, bem, um tanto quanto rebeldes.

O fato é que os dois possuem qualidades e defeitos mais perceptíveis e palpáveis do que os outros, e acho que isso os torna mais verdadeiros, mais “humanos”, dentro das proporções. E a química. A QUÍMICA, MINHA GENTE. Com dois personagens tão “carregados”, exóticos e sedutores, Nora Roberts não fez por menos e desenvolveu uma química avassaladora. E, com tanta carga, tanta emoção e sedução, Gage e Cybil conduziram de maneira brilhante e hipnotizante esse terceiro livro e nos fizeram mergulhar numa trama que se mostrou bastante envolvente do início ao fim. O conflito final foi duro, cruel e bastante simbólico. Um prato cheio dos componentes que os fãs da escritora, como eu, adoram e esperam saborear. Temos lágrimas, romance, sonhos, pesadelos, desespero e esperança.

Mais uma vez, Nora Roberts fez a sua mágica e nos levou a Hollow com sua peculiar habilidade de, por mais fantasioso e surreal que possa parecer, fazer tudo parecer real. O eterno embate entre luz e escuridão, os valores sociais e o poder incomensurável do amor são sempre os ingredientes infalíveis de suas palavras encantadas. Quanto a mim, quero mais é continuar envolvida nessa magia toda.

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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