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Melhores Leituras 2016 – Parte 2

Com um certo atraso (coisas da vida de adultos), mas sempre com boa vontade, aqui estamos para a segunda parte das melhores leituras de 2016. Lembrando que não existe uma ordem de preferência. E, como poderão ver, procurei diversificar a lista com livros bastante variados, afinal, 2016 foi um ano em que tentei ampliar meus horizontes literários. Agora, sem muito suspense, vamos lá!

‘Destinos e Fúrias’, de Lauren Groff | Intrínseca

Para começar a lista, Destinos e Fúrias. O livro que tinha tudo para eu detestar, mas que acabei adorando, aplaudindo de pé! Isto porque a trama se ambienta no meio teatral (que não curto muito, principalmente pelo estilo de vida artística que não é muito a minha vibe) e tem como plot relacionamento (prefiro outras temáticas). No entanto, a obra de Lauren Groff me surpreendeu! Mostra como os sentimentos por trás do casamento podem ser completamente distintos, dependendo de quem do casal está contando a história. Amei e odiei os mesmos personagens! Isto é fascinante! Mostra toda a complexidade e ambiguidade da vida! Enfim, me cativou.

Obs: não espere um linda história de amor. Pelo menos, não da forma convencional.

‘Bunker – Diário da Agonia’, de Kevin Brooks | V&R Editoras

‘Bunker – Diário da Agonia’, de Kevin Brooks / Divulgação

O título pode parecer daqueles filmes para a TV de gosto duvidoso, mas não fique com pé atrás. Bunker é um dos melhores livros juvenis de terror/suspense que eu li, sem contar que foi a publicação mais rapidamente devorada de 2016. Logo nas primeiras páginas, fiquei aprisionado junto com o protagonista nesta espécie de instalação fortificada e pude acompanhar todo o seu desespero para sair de lá. O livro tem algumas semelhanças com a franquia cinematográfica  Jogos Mortais, pois ambos apresentam um sádico que resolve “brincar” com o desespero das pessoas, privando-as de sua liberdade e realizando torturas psicológicas. Porém, ao contrário das cenas de morte detalhadas e grotescas presentes no filme, Bunker mostra a vida do adolescente sequestrado neste novo contexto, seus dilemas pessoais, sua perspectiva (ou a falta de). Uma narrativa tensa e desesperadora que, em vários momentos, eu me perguntava se era mesmo um livro juvenil.

Assim, por conseguir passar o terror para jovens de uma forma que cativa até um marmanjo já acostumado com o gênero -eu-, Bunker está nesta lista!

Sway, de Kat Spears | GloboAlt

Ainda bem que não precisei fazer esta lista em vídeo, pois até agora não sei pronunciar este título. Sway, que significa “o cara que consegue tudo”, é o apelido de Jesse Alderman, um jovem que atua por trás dos panos para conseguir tudo para as pessoas, até que ele se “apaixona” por uma garota “encomendada” pelo capitão do time de futebol da escola. O livro foi o melhor livro que li em 2016 de temática “romance jovem” e o que me cativou nele foi a quebra da tradicional forma das construções dos casais norte-americanos: os opostos se atraem e o cara muda suas atitudes pelo amorzz … zzz …. zzz (desculpa pelo cochilo).

…. zzz…..

Tudo bem que o nosso anti-herói muda bastante no decorrer da narrativa. Mas, pelo menos, não é o tradicional galã high school americano que anda de jaquetinha pelos corredores arrasando corações. Fala de um sujeito que nunca tem um enfoque nas tramas, aquele marginalizado que tem contatos na escola – inclusive, obscuros-, mas sem muita perspectiva de futuro.

O interessante de Sway é que ele desmistifica o amor juvenil relatado na ficção e mostra os bastidores das relações. Esse é o grande barato!

***

(Acho que vocês devem estar me achando um insensível, pois já é o segundo livro que “quebra” este amor romântico na minha lista. O.K.! Eu assumo! Detesto esses floreios, casais bonitinhos e a ideia de “felizes para sempre”. Mas não me julguem, eu tenho um coração. <3 Sei ser fofo, às vezes, …. Às vezes!)

Quatro Estações, de Stephen King | Suma de Letras

É claro que não poderíamos fechar a lista sem uma contribuição do mestre Stephen King! E 2016 me marcou, pois consegui ler um conto que estava há anos na minha lista: O Corpo, que originou o clássico cinematográfico Conta Comigo – um dos meus clássicos da Sessão da Tarde favoritos. Já quando li o título do conto, me emocionei. Foi uma experiência incrível! Reconheço alguns problemas, mas foi f***!! Desculpem-me o palavreado, mas esse é o efeito Stephen King.

Agora, falando da coletânea em si, foi um momento de ver as multifacetas de King. De certa forma, enriquecedor. Houve uma decepção no conto que baseou o filme O Aprendiz, principalmente pelos acontecimentos que culminam na conclusão da trama. Eles ultrapassam um pouco o limite do bom senso, apesar de a trama ir muito bem até certo ponto.

“Quatro Estações é um profundo mergulho na natureza humana; revela medos, esperanças e impulsos. Explora diversas facetas do indivíduo, desde o seu mais puro desejo de ser livre à sua mais apavorante crueldade. Acompanhamos o dia a dia de personagens comuns e suas histórias envolventes, que prendem o leitor até a última página. Apesar de se distanciar do sobrenatural, “King consegue provar a sua diversidade e talento. Afinal, ninguém narra como ele.”- trecho da resenha que escrevi para o Vai Lendo.

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Espero que vocês tenham curtido a lista. Desculpem a demora para escrevê-la, mas o ano começou cheio de trabalho e leituras. Já estou indo para o terceiro livro de 2017, sendo que um deles provavelmente vai estar nos melhores deste ano (qual será?).  Então, aguardem!

Um ano de muitas boas leituras e que 2017 seja maravilhoso para todos!

Apaixonado por histórias, tramas e personagens. É o tipo de leitor que fica obsessivamente tentando adivinhar o que vai acontecer, porém gosta de ser surpreendido. Independente do gênero, dispensando apenas os romances melosos, prefere os livros digitais aos impressos, pois, assim, ele pode carregar para qualquer lugar.

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