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Bienal 2015: a merecida homenagem a Mauricio de Sousa

Na estreia do Vai Lendo na cobertura da Bienal do Livro 2015, falamos sobre a emocionante exposição dedicada aos 80 anos de Mauricio de Sousa, o criador da Turma da Mônica

Finalmente, chegou o dia mais esperado para nós, do Vai Lendo: nossa estreia na Bienal do Livro 2015! Infelizmente, não conseguimos ir na abertura do evento, mas, nesta sexta-feira (4), demos o nosso pontapé inicial! Apesar de um dia completamente atípico e na base da correria, devido a outros compromissos/imprevistos pessoais, deu tudo certo. Fizemos um “reconhecimento de área”, nos localizamos nos pavilhões e ainda conseguimos encontrar pessoas muito queridas! Vamos tentar, todo dia, trazer um pouquinho da Bienal para vocês e, nesta sexta, gostaríamos de dividir a nossa emoção ao visitar a exposição que conta a vida de um dos nossos ídolos literários (provavelmente, de todos): Mauricio de Sousa.

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Espaço para leitura na exposição em homenagem aos 80 anos de Maurício de Sousa/Foto: Vai Lendo

O “pai” da Turma da Mônica, que completa 80 anos em outubro deste ano, é o grande (e merecido) homenageado desta edição. Por isso, para os fãs de Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e companhia vale a pena passar na exposição instalada em uma área de 190 metros quadrados recheada de nostalgia e da magia que só Mauricio de Sousa e seus adoráveis e inesquecíveis personagens ainda passam para várias gerações. No espaço, temos a oportunidade de ver os primeiros números dos gibis, bem como as edições das revistinhas publicadas ao redor do mundo. Mas o melhor, o objeto mais significativo é, sem dúvida, a primeira prancheta, a primeira escrivaninha utilizada pelo próprio, junto com os pincéis, Mauricio de Sousa para dar vida àqueles personagens que ensinaram milhares de crianças a ler.

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A primeira escrivaninha de Maurício de Sousa, junto com a primeira tirinha do cartunista/Foto: Vai Lendo

A recepção do público é imediata. Impossível não virar criança de novo naquele ambiente, e é também uma forma de apresentar a leitura de uma maneira muito divertida para os pequenos. Tudo isso devido, principalmente, à participação do próprio Mauricio, que fez questão de estar presente durante todo o processo e desenvolvimento do espaço. A gerente de operações Alessandra Ramos, que trabalhou durante 16 anos na Mauricio de Sousa Produções e é uma das responsáveis pela exposição, confirmou que o cartunista ajudou a criar a mostra junto com a curadora. Para Alessandra, a presença de Mauricio é fundamental para estimular nas crianças o hábito pela leitura, ajudando a formar novos leitores.

“Todo mundo se impressiona com essa exposição”, afirmou Alessandra ao Vai Lendo. “Inclusive, os adultos, os pais que chegam com os filhos pequenos, se surpreendem, ficam realmente emocionados com essa história, esse mundo do Mauricio de Sousa, que convive com a gente há 8o anos. A leitura é importante desde cedo, e, para as crianças, acredito que o ideal seja mesmo começar com o gibi, como a gente começou, por exemplo. Em qualquer  lugar, você lê duas ou três tirinhas, e isso acaba estimulando a leitura, a criança vai colocando a prática da leitura na sua vida”.

Alessandra ressaltou ainda a capacidade que as história da Turma da Mônica têm de ensinar valores às crianças naturalmente, muitas vezes, em forma de brincadeira, porém, com bastante seriedade também, de forma que elas levam o aprendizado para a vida.

“São histórias fáceis de ler e engraçadas”, disse ela. “O Mauricio traz o dia a dia, ele coloca muitas coisas que acontecem com a gente, com as crianças em sua própria rotina, e as faz aprender sobre assuntos que nem sempre a gente gosta de falar. Mas tudo de outra forma, brincando, ensinando e, até mesmo, colorindo com as brincadeiras da leitura, do gibi. Isso fica na mente delas”.

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Ah, e para quem sempre sonhou em conhecer ou ver o Mauricio de Sousa, mesmo que ainda não consiga ter esse prazer, na exposição há também um holograma do cartunista que, com certeza, já vale a foto!

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

Um comentário

  • Rodolpho

    Curti a matéria! Já vi esse holograma num supermercado aqui no Rio de Janeiro, é da HolographyBox, muito legal mesmo, até o próprio Mauricio gostou muito.

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