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Curso ‘Profissão: Editor’ forma empreendedores criativos

Michelle Strzoda, diretora editorial da Babilonia Cultura Editorial, fala sobre a formação de editores e analisa o mercado editorial

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“O editor tem que ter muita humildade, saber o lugar dele”. Assim resume Michelle Strzoda, diretora editorial da Babilonia Cultura Editorial, a essência da função que será objeto de estudo e análise no curso “Profissão: Editor”, que a jornalista e editora passará a ministrar, a partir do dia 15 deste mês, na Estação das Letras, no Rio de Janeiro. Ao longo de três sábados, o curso trará uma abordagem abrangente do negócio do livro e seus a(u)tores, destrinchando as obras como produto comercial e bem cultural, além de explicar as diversas nuances e especificações do trabalho de um editor e um olhar geral sobre o mercado editorial.

“Esse curso vai muito além da formação de editores”, disse Michelle ao Vai Lendo. “Aliás, o subtítulo que escolhemos, ‘Quem decide o que você lê? Viver de livro: o preço, o risco, a vocação.’, serve para qualquer produtor de conteúdo editorial. Não tem essa história de perfil de pessoas. É um curso intensivo a curto prazo. Quem deseja ingressar nessa área deve estar sempre se atualizando. Precisamos pesquisar constantemente. O editor tem que ter muita humildade, ele é o profissional que está por trás da cortina. Quem tem que aparecer é o autor. Antes de qualquer coisa, o profissional tem que saber qual é o lugar dele”.

Michelle Strzoda, diretora editorial da Babilonia Cultura Editorial

Pioneiros nas propostas de cursos de capacitação e formação no mercado editorial, a Babilonia Cultura Editorial é, hoje, o maior escritório de empreendedorismo criativo em cultura editorial do Rio de Janeiro. E é essa “pegada” que Michelle ressalta ser o diferencial do “Profissão: Editor”, uma vez que, atualmente, segundo ela, essa é a principal tendência do mercado, que busca inovação, mobilidade de negócio. Isso se deve também, acrescentou a editora, ao fato de os leitores atuais estarem mais “profissionais”, exigentes, o que demanda uma aproximação do consumidor com o produto, no caso, os livros.

“Se diz muito que o mercado editorial precisa de apoio, que as livrarias estão fechando”, declarou. “Parece um cenário tenebroso, obscuro e falido. Mas eu desconheço período na vida em que o mercado editorial esteve tão aquecido. Só que depende do ponto de vista. O mercado editorial que ainda apresenta aquela forma tradicional, a estrutura pesada, não tem mais lugar. A vez é dos empreendedores criativos. É o cara que está movimentando o mercado, hoje. Ágil, que trabalha com inovação. Tem mercado, mas você precisa achar o seu nicho. O mercado está pautado em nicho. Saber qual é o seu público, com quem você está falando. Isso vai determinar todo o seu negócio. Até porque, os leitores estão mais exigentes, querem falar com o produtor de conteúdo. Por isso, há cada vez mais encontros de marcas nas editoras, porque elas têm que se expressar mais diretamente com o leitor”.

Para Michelle, é preciso ainda ter em mente que o principal quando se trabalha nessa área é se preocupar especialmente com a qualidade da fonte, da informação que será repassada. Num mundo globalizado e repleto de recursos de comunicação, é necessário se manter antenado(a) e, no caso do mercado editorial, especificamente o cargo de editor, especializar o trabalho. Conhecer bem a sua demanda, o mercado, para conseguir gerar o interesse do leitor.

Curso 'Profissão Editor' é voltado para a formação de empreendedores criativos no mercado editorial/Foto: Divulgação
Curso ‘Profissão Editor’ é voltado para a formação de empreendedores criativos no mercado editorial/Foto: Divulgação

“O curso também forma gerenciadores de conteúdo”, explicou ela. “O pessoal da autopublicação levanta muito a questão da necessidade do editor. Qual é o papel do editor nas duas primeiras décadas do século 21? As coisas mudam muito rápido. A fonte quer dizer muita coisa, a profusão de informação é grande. Há muito conteúdo na internet, hoje em dia, muita gente produzindo, o que é ótimo. Nunca foi tão fácil publicar. Mas o que está em jogo não é a quantidade, mas, sim, o filtro, a qualidade dessa informação. Quais profissionais estão envolvidos naquela publicação. Qual é a fonte? A credibilidade? O seu posicionamento de mercado? O editor é uma marca. O catálogo editorial traduz muito a personalidade, a vocação de quem está por trás dele. Quando você parte para a autopublicação, vai precisar gerenciar isso, formar uma equipe mínima para criar o seu livro. Mas ainda assim é muito difícil, se você não tiver nenhum conhecimento de mercado”.

Serviço:

Dias 15, 22 e 29/08 (sábados) das 10h às 14h | Carga horária: 12h/aula

Valores: 2x R$ 400,00 / Tx. de matrícula: R$ 30,00

Estação das Letras – Rua Marquês de Abrantes, 177 LJs 107 e 108 – Flamengo

Rio de Janeiro – RJ, 22230-060

(0xx)21 3237-3947

E-mail: [email protected]

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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