Coberturas

FNLIJ: formando novos leitores

Diretora da FNLIJ conversou com o Vai Lendo e destaca a importância do estímulo à leitura

Estimular a formação de leitores críticos é o principal objetivo do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, cuja 17ª edição acontece dos dias 10 a 21 de junho, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Para Elizabeth Serra, diretora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), o evento oferece uma oportunidade única ao apresentar somente livros de literatura e informativos publicados no Brasil.

“Defendemos que a base da formação de leitores críticos, criativos e com liberdade é a convivência com a cultura escrita, cujo principal alicerce é a prática da leitura literária”, declarou Elizabeth ao Vai Lendo. “Os livros didáticos, que estão presentes em maioria nas escolas, não formam leitores. Se antes do advento da internet já criticávamos o uso exagerado do livro didático na escola, hoje, então, ele tende a se tornar obsoleto. Valorizamos a leitura acreditando na força dos textos. Todas as atividades do Salão são de leitura e sobre livros, seus autores e suas obras”.

Elizabeth Serra, diretora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ)/Divulgação
Elizabeth Serra, diretora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ)/Divulgação

A diretora da FNLIJ destacou ainda o aumento do interesse pela leitura não apenas das crianças e jovens, mas também dos próprios professores, e creditou o fato à intensificação da oferta de livros nas escolas públicas, nos últimos 20 anos. Agora, ela afirmou também, cabe a esses mestres estimular esse hábito.

“A dificuldade não é mais a falta de livros, mas a atuação de professores que não tiveram ou não têm na sua formação profissional a ênfase na formação leitora”, disse. “Aqueles professores que são leitores de literatura estão cada vez mais formando alunos leitores”.

De fato, seria difícil um evento literário voltado para crianças e jovens chegar ao seu 17º ano, caso esses novos leitores não demonstrassem o mínimo de curiosidade em relação às obras. E Elizabeth frisou, orgulhosa, que o entusiasmo dos visitantes demonstrado a cada edição é genuíno, seja lendo os títulos nas bibliotecas montados no Salão ou nos estandes das editoras. Mas ela ressalta que o principal é que esse estímulo à leitura seja trabalhado diariamente no ambiente dos novos leitores.

“O evento é somente uma pequena contribuição que vai corroborar as ações diárias de professores e pais que oferecem livros e leem para seus alunos e filhos”, explicou. “Esses atos simples, mas poderosos, de oferecer livros e ler junto com eles, continuam sendo a única e eficiente maneira de despertar o interesse pela leitura. Por isso que, na saída, a FNLIJ dá de presente um livro para cada criança ou jovem que visita o Salão”.

Assim como nas últimas edições, o Salão FNLIJ de 2015 irá homenagear um país latino-americano, no caso, a Argentina, pois seus idealizadores, segundo Elizabeth, acreditam que é importante demonstrar a universalidade da literatura e as suas dimensões humanistas e sem fronteiras. A diretora também destacou que conhecer autores estrangeiros é fundamental para a construção de uma educação planetária e solidária, mas também fez questão de valorizar e ressaltar a variedade e a qualidade das obras produzidas pelos nossos próprios autores.

“O público que visita o Salão acredita no valor da literatura para suas vidas e encontrará a variedade e a qualidade da produção brasileira para crianças e jovens visitando os estandes das editoras ou desfrutando da seleção dos livros que a FNLIJ disponibiliza nas suas bibliotecas para Crianças e Jovens. Em sua 17ª edição,  o Salão é a confirmação de que crianças e jovens gostam, sim, de livros e de ler. Basta que as oportunidades sejam apresentadas e que os adultos que mediam essas ações acreditem também na importância da leitura dos textos escritos como base para uma educação de qualidade”.

Para mais informações sobre a FNLIJ visite o site do evento.

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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