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Vai Lendo entrevista: Caroline Defanti

E se um dos seus maiores medos saísse da sua cabeça para virar um livro cheio de emoção, aventura e suspense e fosse parar nas prateleiras nacionais? Pois é isso o que a autora brasileira Caroline Defanti fez: transformou o pesadelo em sonho realizado. A jovem de 22 anos tomou coragem para encarar seus pavores – vindos literalmente de outro planeta – e se prepara para lançar seu primeiro livro, Irmandade de Copra, previsto para o primeiro semestre de 2015, pela Editora Arwen. Na trama, passada em um futuro longínquo, a raça humana está à beira da extinção e luta pela sobrevivência dos que restaram, que passam a viver em colônias extraterrestres. A partir do momento em que os alienígenas assumem o controle da Terra e a curam, os homens decidem lutar para ter o planeta e suas vidas de volta, mas, para isso, eles terão que criar soldados para enfrentar essa nova raça.

Vai Lendo bateu um papo com a nova escritora, que falou sobra a obra de estreia e a expectativa. Confira abaixo!

capa livro 450Vai Lendo – De onde surgiu a ideia para a trama? Você sempre foi fã de ficção científica?

Caroline: Na verdade, tem um pouco a ver com o fato de que eu morro de medo de “aliens” (sim, eu sei que é ridículo). Filmes, documentários, histórias, enfim… Então, a ideia de criar um livro que lidasse justamente com esse elemento foi uma forma de tentar me fazer superar esse medo (e, só para constar, não deu muito certo, porque eu continuo morrendo de medo dessas coisas). E também tem a questão de que eu simplesmente tive vontade de criar um universo assim, sabe? Completamente diferente do que encaramos hoje. Um universo que não chega a ser mágico propriamente, mas que está razoavelmente afastado da realidade. Sem falar que foi uma ótima chance de criar um povo (extraterrestre) completamente à minha maneira. E isso foi fascinante. Com base nisso, posso dizer que, sim, eu sempre fui uma grande fã de ficção, de um modo geral, seja científica ou não. A maioria dos livros que eu leio (verdade seja dita, quase todos) seguem o gênero ficção. Mas tampouco será por isso que eu vou descartar outros gêneros, é claro.

Vai Lendo – Qual é a origem do nome do livro?

C.: Para falar a verdade, eu sou péssima para criar nomes ou títulos para qualquer coisa (risos). E, no caso do Irmandade de Copra, não foi diferente. O fato é que a Irmandade de Copra existe no livro e é, a meu ver, um dos pontos cruciais da história (se não for mesmo o mais importante). Sem falar que eu achei que seria um título mais impactante para um livro desse gênero. Como leitora, esse título me chama a atenção. Se eu já não soubesse da história, eu gostaria de saber que irmandade é essa, e isso me faria querer ler o livro.

Vai Lendo – Você acredita em vida extraterrestre? Ou em algum outro tipo de vida fora da Terra?

C.: Sim, por quê não? Afinal, se nós, seres humanos, existimos, porque outras criaturas não podem existir também, fora daqui? Não me parece impossível.

Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

Vai Lendo – Qual é a sensação de lançar o seu primeiro livro?

C.:  Eu acho que, em minha pouca experiência de vida, essa seria a mais feliz. A Editora Arwen não foi a primeira editora para a qual eu enviei o meu livro para ser analisado, mas eles foram os primeiros a aceitar. E, quando eu recebi a notícia de que minha obra havia sido aceita, nossa, foi um dos momentos em que eu me senti mais feliz em toda a minha vida. Eu lembro que só conseguia pensar que alguém havia gostado do meu trabalho e que não sou um fracasso completo (risos)! E, até hoje, essa felicidade permanece, só que se tornou uma coisa mais comum, felizmente. Eu acordo me sentindo assim. E eu acho que todo mundo que gosta de escrever deveria experimentar essa sensação, em algum momento de sua vida.

Vai Lendo – Você já tem novos projetos?

C.: Com certeza! Eu já tenho vários projetos. Sempre que eu tenho alguma nova ideia para um livro, escrevo um resumo e deixo guardado. Nesse exato momento, já estou trabalhando em um novo projeto.

Vai Lendo – Você sentiu alguma dificuldade para divulgar/lançar o livro por ser uma obra de ficção científica?

C.: O livro está em processo de divulgação e faz pouco tempo que começamos a trabalhar de maneira mais incisiva. Todo o processo depende muito do momento e do público principalmente. E há também o fato de que é o meu primeiro livro. Mas, quanto a ser uma ficção científica, eu não vejo problemas. Acho que os livros de sci-fi estão em um bom momento.

Vai Lendo – Quais são os seus autores preferidos?

C.: Eu podia fazer uma lista com algumas centenas de nomes (risos). Sem ordem de preferência (até porque isso não seria possível), nomes como Jules Verne, Sir Arthur Conan Doyle (Sherlock Holmes é o cara!), J.K. Rowling, Patrick Rothfuss (Crônicas do Matador do Rei), Nora Roberts (série Mortal, principalmente), Mark Lawrence (com sua recente Trilogia dos Espinhos), George Martin, Christopher Paolini (com sua Trilogia da Herança), Cassandra Clare, Tolkien (nem preciso comentar), Robin Hobb (e sua Saga do Assassino), Eduardo Spohr (um autor de ficção nacional!), Eoin Colfer, J.R. Ward, Scott Lynch e também tenho uma queda por contos de fadas.

Vai Lendo – Qual recado você gostaria de deixar para seus futuros leitores?

C.: Aquele clássico “não compre ou julgue um livro pela capa”. Se você é daqueles leitores que gostam de pesquisar, procure saber mais sobre a obra e o autor. Assim, é possível criar logo uma identificação com o estilo de cada escritor, sem maiores decepções. Julgar um livro pela capa é um dos piores erros que qualquer leitor (e, quando digo leitor, me refiro a todos nós) pode cometer.

Para saber mais sobre a obra acesse a página oficial da Irmandade de Copra no Facebook.

Assista ao booktrailer do livro aqui.

Jornalista de coração. Leitora por vocação. Completamente apaixonada pelo universo dos livros, adoraria ser amiga da Jane Austen, desvendar símbolos com Robert Langdon, estudar em Hogwarts (e ser da Grifinória, é claro), ouvir histórias contadas pelo próprio Sidney Sheldon, conhecer Avalon e Camelot e experimentar a magia ao lado de Marion Zimmer Bradley, mas conheceu Mauricio de Sousa e Pedro Bandeira e não poderia ser mais realizada "literariamente". Ainda terá uma biblioteca em casa, tipo aquela de "A Bela e a Fera".

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